DEVORAR
Devorar esses livros como quem
come folhas de alface. Devorá-los,
de muitos condimentos salpicá-los,
para que afinal nos saibam bem.
Não feri-los, roê-los, esmagá-los.
Devorá=los com a fome que nos vem
da esperança talvez de iluminá-los,
de revelá-los sem tristeza, sem.
Não impulso de papirofagia,
ou de quem come cinza. Tão-somente
ir ao cerne da noite que os retém.
Devorá-los com certa nostalgia,
em nós fundi-los derradeiramente,
e então deixá-los como lhes convém.
Alphonsus Guimaraens Filho
Devorar esses livros como quem
come folhas de alface. Devorá-los,
de muitos condimentos salpicá-los,
para que afinal nos saibam bem.
Não feri-los, roê-los, esmagá-los.
Devorá=los com a fome que nos vem
da esperança talvez de iluminá-los,
de revelá-los sem tristeza, sem.
Não impulso de papirofagia,
ou de quem come cinza. Tão-somente
ir ao cerne da noite que os retém.
Devorá-los com certa nostalgia,
em nós fundi-los derradeiramente,
e então deixá-los como lhes convém.
Alphonsus Guimaraens Filho